segunda-feira, 30 de julho de 2012

Copa São Paulo Sub 20 de 1990

100 Anos de Futebol do Flamengo: Grandes Conquistas

"Em janeiro de 1990, o Flamengo conquistou o maior título de sua história na categoria de juniores (até 20 anos): a Taça Cidade de São Paulo.

Mais uma vez, o clube formava uma geração inteira que chegava ao time profissional. Mas a grande maioria deste grupo, no entanto, fez mais sucesso fora do Flamengo. Do time campeão da Taça São Paulo, somente dois jogadores não foram aproveitados no time profissional. A equipe campeã tinha: Adriano, Mário Carlos, Tita, Júnior Baiano e Piá; Fabinho, Marquinhos, Djalminha e Marcelinho; Paulo Nunes e Nélio. Apenas Mário Carlos e Tita não vingaram no time profissional.

O goleiro Adriano também não fez um grande sucesso, mas chegou a ser titular durante a temporada de 1995. Júnior Baiano foi titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1998, e jogou ainda por São Paulo, Palmeiras e Vasco. Ele e Piá eram titulares na campanha do Brasileiro de 1992. Fabinho foi titular do Flamengo por muitos anos, assim como Marquinhos. O primeiro, posteriormente, ainda passou pelo Fluminense, e o segundo pelo Palmeiras. Djalminha foi dispensado pelo Flamengo em 1993, depois de brigar, dentro de campo, com Renato Gaúcho, companheiro de time. Fez sucesso, depois, por Guarani, Palmeiras e Deportivo La Coruña, da Espanha, mas sempre envolvido em muitas confusões e atos de indisciplina. Marcelinho foi para o Corinthians em 1994, onde se tornou Marcelinho Carioca; lá ficou de 1994 a 2000, tornando-se ídolo. Paulo Nunes saiu do Flamengo em 1995 para tornar-se campeão da Taça Libertadores com o Grêmio; depois jogou no Palmeiras, onde também foi ídolo. Nélio foi titular do Flamengo por muitos anos, mas não como centroavante, e sim como meio de campo. Foi uma geração inteira que, por onde passou, deixou marcas de indisciplina, deu péssimos exemplos e gerou muita confusão, mas jogou um futebol refinado, de muita qualidade.

A Taça Cidade de São Paulo naquele ano tinha 54 equipes, divididas em nove grupos com seis times cada. O Flamengo, na primeira fase, classificou-se em segundo em seu grupo. Após empatar em 1 a 1 com o Botafogo de Ribeirão Preto, venceu o Nacional, de São Paulo, por 1 a 0; o Central Brasileira, de Cotia, Estado de São Paulo, por 2 a 0; o Criciúma, de Santa Catarina, por 2 a 1; e empatou por 0 a 0 com o Santos, vencendo nos pênaltis por 5 a 4. Na segunda fase, que tinha seis grupos com três times cada, só avançava o primeiro de cada grupo. O Flamengo venceu o Tuna Luso, de Belém do Pará, por 3 a 1 e empatou por 1 a 1 com a Portuguesa de Desportos, despachando-a nos pênaltis, por 3 a 2. Nas quartas de final, dois grupos com três clubes cada, dos quais avançavam os dois primeiros de cada grupo à fase semifinal. O time perdeu por 2 a 1 para o Juventus, da rua Javari, de São Paulo, e depois venceu por 7 a 1 o Corinthians (com cinco gols de Djalminha). Avançou em segundo, pegando o primeiro do outro grupo na semifinal, o Internacional de Porto Alegre, e vencendo por 3 a 0. Na final, voltou a enfrentar o Juventus. Vitória por 1 a 0, gol do zagueiro Júnior Baiano, aos 28 minutos do primeiro tempo, que, ao receber lançamento de Djalminha, entrou pela intermediária cara a cara com o goleiro, a quem encobriu com um toque sutil". (A NAÇÃO, pg. 156)

Na reta final da competição, o time perdeu Marquinhos, Marcelinho e Paulo Nunes, convocados para defender a Seleção Brasileira no Mundial Sob-20. O banco de reservas era bom e deu conta do recado.


COPA SÃO PAULO DE 1990
FINAL: Flamengo 1 x 0 Juventus (SP)
Local: Pacaembu
Gol: Júnior Baiano (28'1T)

Flamengo: Adriano; Mário Carlos, Tita, Júnior Baiano e Piá; Edmílson, Fábio Augusto (Willian), Luís Antônio e Djalminha; Fabinho e Nélio. Téc: Ernesto Paulo.
Juventus: Alê, Canela (Fernando), Émerson, Índio e Vágner; Índio II, Ricardo Vieira e Aleba; Ed Wilson, Carmo e Silva. Téc: Borracha.


Praticamente o time inteiro chegou ao futebol profissional do Flamengo. O goleiro Adriano jogou 76 partidas pelo clube, chegando a ser titular em parte da temporada 1995, depois defendeu várias equipes pequenas do futebol carioca: Volta Redonda, América, Olaria, Friburguense, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Goytacaz. Já o lateral-direito Mário Carlos e o zagueiro Tita foram os que mesmos conseguiram oportunidades com a camisa rubro-negra, o jogando 12 partidas e o segundo apenas 1 vez pelo Flamengo. Poucas participações também do volante reserva Edmílson, que jogou só 3 partidas no profissional. Todos os demais construíram uma carreira de sucesso, dentro e/ou fora da Gávea.

O zagueiro Júnior Baiano jogou 337 partidas com a camisa rubro-negra e fez 33 gols, teve três passagens pelo clube, a primeira, após subir do sub-20, durou até 1993, depois o zagueiro defendeu São Paulo e Werder Bremen, da Alemanha, voltou ao clube de 1996 a 1998, tendo em seguida defendido a Palmeiras, Vasco e Internacional, retornando mais uma vez à Gávea em 2004 para jogar mais um ano e meio no clube, o ápice de sua carreira foi como titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1998, o que o tornou o único desta geração sub-20 rubro-negra a ser titulr num Mundial. O lateral-esquerdo Piá teve 221 partidas e 6 gols. Dos jogadores de meio-campo, Fabinho jogou 254 jogos e fez 9 gols, Marquinhos 337 jogos e 28 gols, Fábio Augusto 38 jogos (depois defendeu o Botafogo) e Luís Antônio 109 jogos e 20 gols. Nélio, que jogava de centroavante, mas no profissional se destacou como meia, foi quem mais vestiu a camisa rubro-negra, jogando 346 jogos e marcando 79 gols.

No entanto, os três que construíram carreiras de sucesso mais sólidas as construíram fora do Flamengo. O meia Djalminha jogou 133 jogos e fez 28 gols. Deixou o clube em 1993 e brilhou com as camisas de Guarani, Palmeiras e Deportivo La Coruña, da Espanha. O meia-atacante Marcelinho jogou 242 jogos e fez 49 gols, depois que saiu da Gávea, em 1994, virou ídolo no Corinthians, onde passou a ser Marcelinho Carioca; defendeu ainda a Santos e Vasco. E o ponta-direita Paulo Nunes jogou 155 jogou e fez 34 gols, deixou o clube no fim de 1994, tendo brilhado por depois por Grêmio e Palmeiras. Todos três chegaram a vestir a camisa da Seleção Brasileira.









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