quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Casas do Flamengo: Ilha, Raulino, Macaé e Cariacica

100 Anos de Futebol do Flamengo

Mais uma série aqui no blog, extraída das páginas de A NAÇÃO, para celebrar o Centenário do Futebol Rubro-Negro: Casas do Flamengo.

Sem casa própria, o Flamengo viveu 100 anos de futebol em muitas casas, fossem emprestadas, alugadas, cedidas pelo poder público. A história do Flamengo começou sem haver sequer campo para treinar, os jogadores treinavam em praça pública, na Praia do Russel. O primeiro campo foi a na Rua Paissandu, naregião limítrofe entre os bairros do Flamengo e Laranjeiras. Depois foi o modesto campo da Gávea. Nenhuma delas, propriedade à altura do C.R. Flamengo. Vamos visitar cada uma destas casas.

Serão 6 capítulos:
Maracanã, o Templo Maior / Estádios dos Rivais / A Rua Paissandu / A Gávea / Juiz de Fora e Taguatinga / Arena da Ilha, Raulino e Moacirzão
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Arena da Ilha, Raulino, Moacyrzão e Cariacica


"Uma nova tentativa aconteceu em 2004, quando o clube usou, para mandar seus jogos durante o Brasileirão daquele ano, o remodelado estádio da Cidadania, em Volta Redonda (antes da reforma, o estádio era chamado de Raulino de Oliveira). Lá, o Flamengo atuou treze vezes, obtendo cinco vitórias, quatro empates e quatro derrotas. No Campeonato Brasileiro de 2005, compartilhando o uso do estádio com o Fluminense (o Maracanã estava fechado para obras), o rubro-negro carioca jogou outras cinco vezes no estádio (duas vitórias e três empates)". (A NAÇÃO, pg. 201)

Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, metade do caminho entre Rio e São Paulo

Entre 1976 e 2001, o Flamengo havia jogado 26 vezes no Estádio Raulino de Oliveira, sempre para enfrentar o Volta Redonda pelo Campeonato Carioca. Em 2004, o estádio foi remodelado e virou o Estádio da Cidadania. Em 2004, foram 13 jogos de Campeonato Brasileiro que o Flamengo mandou lá: 5 vitórias, 4 empates e 4 derrotas.

 Raulino tem capacidade para 15 mil torcedores

Depois da experiência em 2004, o Flamengo ainda usou o estádio de Volta Redonda 5 vezes no Brasileiro de 2005, 2 vezes no Brasileiro de 2006, 4 vezes no Brasileiro de 2010, 5 vezes no Brasileiro de 2012, 2 vezes na Copa do Brasil de 2013, nos Campeonatos Cariocas de 2014, 2015 e 2016, 2 vezes na Copa do Brasil de 2016, e 4 vezes no Brasileiro de 2016. Até então com um histórico bastante favorável, principalmente porque muitas das partidas foram contra times de menor capacidade econômica. Até o fim de 2016, foram 64 partidas contra outros adversários que não o Volta Redonda, dono do estádio, com 39 vitórias, 15 empates e 10 derrotas.

"A última tentativa de alugar uma casa para jogar se deu no Brasileirão de 2006, quando Flamengo e Botafogo fecharam um convênio com a Petrobras, que ficou responsável por fazer um remodelamento do estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, pertencente à Portuguesa carioca. Durante esta parceria, o estádio ficou sendo chamado de Arena Petrobras. O time rubro-negro atuou lá em dezesseis oportunidades: venceu sete vezes, empatou cinco e perdeu quatro. Foram, portanto, muitas as casas utilizadas pelo Clube de Regatas do Flamengo, mas nenhuma delas pôde ser chamada de exclusivamente sua, já que a única que efetivamente detinha, a Gávea, sempre foi de uso restrito, pois não comportava grandes espetáculos". (A NAÇÃO, pgs. 201-202)

O Estádio Luso-Brasileiro, pertencente à Portuguesa da Ilha, tem capacidade para 6 mil torcedores. Em 2005, com arquibancadas montadas de metal, a Petrobras financiou a ampliação para 18 mil lugares. No Campeonato Brasileiro daquele ano, o Flamengo atuou 16 vezes no estádio, com 7 vitórias (Santos, Botafogo, Ponte Preta, Paysandu, São Caetano, Coritiba e Fortaleza), 5 empates (Atlético Paranaense, Palmeiras, Paraná Clube, Figueirense e Internacional), e 4 derrotas (Brasiliense, Juventude, Corinthians e Atlético Mineiro).

Doze anos depois, o Flamengo repetiu a estratégia, investido na ampliação temporária da capacidade para 22 mil lugares.

Flamengo na Arena Petrobras: 18 mil torcedores

Em 2017 o Flamengo voltou a utilizar o Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. Investiu recursos numa ampla reforma, e a utilizou, tendo sido batizada como Ilha do Urubu. Entre junho de 2017 e janeiro de 2018, o Flamengo atuou 20 vezes na Ilha, tendo vencido 15 jogos, empatado 2 vezes e perdido 3 partidas. Em fevereiro de 2018, um vendaval derrubou uma das torres de iluminação, e isto acabou afastando o clube de voltar a utilizar o estádio.





Outro estádio a abrigar o Flamengo foi o Estádio Cláudio Moacyr, o Moacyrzão, na cidade de Macaé, no norte do Estado do Rio de Janeiro, muito usado para mandar os jogos de pequeno a médio porte principalmente entre 2011 e 2012.

Moacyrzão: capacidade para 15 mil torcedores

Em 2011, o Flamengo usou o estádio em 10 oportunidades: 6 vezes contra pequenos no Campeonato Carioca, e 4 vezes no Brasileiro (6 vitórias, 3 empates e 1 derrota). Em 2012, usou o estádio só no Carioca, foram 6 vezes (4 vitórias, 1 empate e 1 derrota). Curiosamente, nestes primeiros 16 jogos disputados em Macaé, só uma vez o duelo foi contra o time da casa, o Macaé.

Depois disto, usou o estádio poucas vezes contra outros adversários que não o Macaé: uma vez no Carioca 2013 (uma vitória), duas vezes no Brasileiro 2014 (empate com o Bahia e derrota para o Atlético Paranaense), uma vez no Carioca 2015 (um empate) e duas vezes no Carioca 2016 (duas vitórias).

Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo

A partir de 2016, para jogos de pequeno a médio porte, o Flamengo passou a utilizar o Estádio Kléber Andrade, em Cariacica, no Espírito Santo. Naquele ano foram 8 jogos no local, com um incrível desempenho de 7 vitórias e apenas 1 derrota. Na Copa da Primeira Liga, venceu ao América Mineiro, no Brasileiro venceu a Internacional, Atlético Paranaense, América Mineiro, Ponte Preta e Cruzeiro, na Copa Sul-Americana venceu ao Figueirense e, no seu último jogo no estádio naquele ano, perdeu para o Palestino, do Chile.


Estádio Kléber Andrade, Cariacica: capacidade para 21 mil torcedores


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