quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PETKOVIC: o Magistral Gringo

Carreira: 1988–91 Radnicki Nis (Iugoslávia), 1991–95 Estrela Vermelha (Iugoslávia), 1995 Real Madrid (Espanha), 1996 Sevilla (Espanha), 1996–97 Racing Santander (Espanha), 1997–99 Vitória (BA), 1999–00 Venezia (Itália), 2000-2002 Flamengo, 2002-03 Vasco, 2003-04 Shanghai Shenhua (China), 2004 Vasco, 2004–05 Al-Ittihad (Arábia Saudita), 2005-06 Fluminense, 2007 Goiás, 2007 Santos, 2008 Atlético Mineiro, e 2009-2011 Flamengo.

O sérvio Dejan Petkovic fez 196 jogos e 57 gols com a camisa do Flamengo.

 
Um caso raro e excepcional de sucesso de um jogador europeu no futebol brasileiro.

Petkovic, o segundo agachado da esquerda para a direita, pelo Estrela Vermelha, da Sérvia

"Em janeiro de 2000, o Flamengo assinou um contrato milionário de parceria com a ISL, empresa suíça de marketing esportivo, com duração de quinze anos. No papel: a quitação total de todas as dívidas rubro-negras, cotas anuais para a contratação de jogadores e a construção de um estádio e um centro de treinamentos. Com um pouco mais de um ano da assinatura do contrato, a parceria desmoronou: a matriz suíça entrou em concordata em abril de 2001 e deixou de enviar recursos ao Flamengo. Os grandes sonhos que giravam em torno da milionária parceria acabaram ruindo com o fim dela, sem estádio, sem CT e com uma dívida ainda mais volumosa. Com a parceria em vigor, o Flamengo montou uma verdadeira seleção para disputar o Campeonato Brasileiro de 2000: Clemer, Maurinho, Juan, Gamarra e Athirson; Leandro Ávila, Rocha, Alex e Petkovic; Denilson e Edilson". (A NAÇÃO, pg. 212)
 
"Em meio a dias tão tumultuados, ao menos houve uma grande alegria para amenizar as mazelas que se acumulavam. E que alegria! Num jogo histórico, o Mengão faturou o tricampeonato e fez o Vasco tornar-se “trivice”. O time campeão tinha: Júlio César, Alessandro, Juan, Gamarra e Cássio; Leandro Ávila, Rocha, Beto e Petkovic; Reinaldo e Edilson. Apesar da força de seu time, a conquista foi dramática. O gol da vitória só saiu aos 43 minutos do segundo tempo, numa cobrança de falta magistral do sérvio Petkovic. Foi a união da dramaticidade do gol de Rondinelli em 1978, no último minuto, com o inesquecível gol de Rodrigo Mendes em 1999. Ambos, juntos, foram invocados naquele instante. O Flamengo havia perdido o primeiro jogo por 2 a 1, e o Vasco tinha a vantagem de dois resultados iguais. O Fla vencia por 2 a 1, com dois gols de Edilson, até Pet se preparar para aquela cobrança. A bola, caprichosamente, entrou no ângulo do goleiro Helton. Um tiro absolutamente indefensável... mais uma taça na Gávea! Flamengo tricampeão carioca!!! Vasco, trivice-campeão!!! Porém, apesar da histórica conquista, aqueles tempos não eram nada tranquilos. O ano de 2001 foi, todo ele, marcado por dois problemas crônicos: atrasos de salário (por conta da falência da ISL) e um clima ruim no elenco por conta dos constantes desentendimentos entre os dois principais jogadores do time: Petkovic e Edilson". (A NAÇÃO, pg. 213)

 
"A história rubro-negra naquele ano, entretanto, começou a mudar na 22ª rodada, passando por três personagens em especial, contratados ao fim do primeiro turno. O primeiro deles foi o zagueiro Álvaro, contratado ao Internacional, que chegava para tentar suprir a ausência de Fábio Luciano. O segundo foi o cabeça de área chileno Maldonado, ex-jogador de São Paulo, Cruzeiro e Santos, e que estava jogando no Fenerbahce, da Turquia. O terceiro foi o meia sérvio Petkovic, herói do quarto tricampeonato rubro-negro em 2001. O trio chegava para dar experiência ao grupo. O mais velho dos três era Petkovic, que voltava ao Flamengo aos 37 anos. A mídia esportiva foi unânime em levantar dúvidas sobre a aposta feita nele, já o davam como vencido para o futebol". (A NAÇÃO, pg. 245)

"A campanha rubro-negra teve atuações memoráveis da dupla Petkovic e Adriano, que obtiveram resultados gloriosos, dentre os quais o mais reluzente foi a vitória por 2 a 0 sobre o então líder Palmeiras, dentro do Parque Antarctica, em São Paulo, com dois gols do meia sérvio, um dos quais tendo sido um gol olímpico. Uma rodada antes, os rubro-negros já haviam batido os são-paulinos, de virada, por 2 a 1 no Maracanã". (A NAÇÃO, pg. 246)
 
"Só a vitória faria o troféu ir parar na Gávea. Até que, aos 26 minutos do segundo tempo, Petkovic cobrou escanteio e o zagueiro Ronaldo Angelim subiu mais do que todos e testou para as redes: 2 a 1. Mengão hexacampeão!!!!!! O futebol do clube voltou a bater marcas: nunca em sua história o rubro-negro carioca havia terminado três Campeonatos Brasileiros consecutivos entre os três primeiros colocados. De quebra, voltou a ter o artilheiro da competição, Adriano, com dezenove gols (desde 1982 o artilheiro máximo do Brasil não era rubro-negro). E outra marca histórica: pela primeira vez ganhou um título estadual e um nacional no mesmo ano". (A NAÇÃO, pg. 249)

 

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