segunda-feira, 3 de junho de 2013

Flamengo Tricampeão Brasileiro de Basquete


Depois de haver sido Bi-campeão Brasileiro em 2008-2009, o basquete do Flamengo viu a equipe de Brasília, de Nezinho, Alex Garcia e Guilherme Giovannoni, dominar o cenário nacional por três temporadas consecutivamente. O time brasilense mudou seu patrocínio da Universidade Salgado de Oliveira (Universo) para a Universidade do Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCEUB), mas se manteve no topo, sendo tri-campeão nacional. Já o Flamengo, ficou com o vice-campeonato na 2ª Edição do NBB, perdendo para Brasília por 3-2 a série final, e por apenas dois pontos a partida derradeira (74 x 76) jogada no Ginásio Newton de Faria, em Anápolis, após uma confusão generalizada com agressão dos torcedores brasilienses aos jogadores do Flamengo ao fim do Jogo 3, em Brasília. Nas duas edições seguintes, seguiu mantendo projetos fortes, estes sob o comando do técnico argentino Gonzalo Garcia, mas caiu duas vezes nas semi-finais, na temporada 2010/11 perdendo por 3-0 para o Franca, e na temporada 2011/12 por 3-2 para o São José.

Na temporada 2012/13, o Flamengo voltou a ser o campeão. Foi um título importantíssimo! O clube da Gávea fincava definitivamente as bases vitoriosas e de ponta no cenário nacional de seu projeto de basquete. E era o início da Era de Ouro, no qual o Flamengo foi quatro vezes consecutiva campeão brasileiro, foi campeão da Liga das Américas e foi campeão mundial sobre o Maccabi Tel Aviv, de Israel. 

O Flamengo começou a temporada com a montagem de um "Super Time", agitando o cenário nacional, e deixando os adversários em polvorosa. Da equipe de Joinville, que havia sido o grande destaque da temporada anterior, quando chegou às quartas de final, contratou o técnico José Neto, o armador norte-americano, e nascido em Gana, Kojo Mensah, e o pivô Shilton. As três grandes contratações, no entanto, foram os dois jogadores do Pinheiros, Marquinhos e Olivinha, e o ala-armador Vítor Benite, do Winner/Limeira. Da temporada anterior, permaneceram os irmãos Marcelinho e Duda Machado, e o pivô Caio Torres.

O elenco ficou com uma vaga de estrangeiro disponível para emergências, e foi uma decisão muito acertada. Durante o 1º turno, Marcelinho Machado sofreu uma lesão no joelho e precisou passar por cirurgia. Para repor sua perda, o clube contratou ao paraguaio Bruno Zanotti, jogador com passagem pelo Reggio Emilia, da Itália, e por Regatas Corrientes, 9 de Julio, e Lanus, todos da Argentina. O jogador da Seleção do Paraguai viria a ser crucial na partida que veio a definir o título da temporada.


2012/13 - 3º título brasileiro, 2º do NBB
Time: Kojo Mensah, Vítor Benite, Marquinhos, Olivinha e Caio Torres
Téc: José Neto
Banco: Gegê, Duda Machado, Bruno Zanotti e Shilton


Conseguiu 20 vitórias consecutivas, terminando o 1º turno invicto, e perdendo pela primeira vez para o Franca no Ginásio Pedrocão. Na Fase Regular, uma campanha maravilhosa, tendo em 34 jogos, obtido 30 vitórias e apenas 4 derrotas, terminando em 1º lugar, bem a frente do UniCeub/Brasília, que teve três derrotas a mais. Nas quartas, varreu ao Paulistano por 3-0, e na semi-final fez 3-2 no São José, seu algoz na temporada anterior, avançando para fazer a final, que naquela temporada seria em jogo único (por imposição do contrato de televisão assinado pela liga) contra o Unitri/Uberlândia. Para a decisão do título, a equipe rubro-negra entrou em quadra com um desfalque importantíssimo, Vítor Benite se lesionou e estava de fora, mais do que nunca era preciso encontrar forças para se superar.

Campanha: 82 x 61 Cetaf (f) / 82 x 77 Franca (f) / 102 x 88 UniCeub/Brasília (c) / 88 x 61 Basquete Cearense (c) / 70 x 64 Mogi (c) / 87 x 59 Liga Sorocabana (f) / 102 x 97 Bauru (f) / 94 x 70 Tijuca (n) / 94 x 67 Joinville (c) / 98 x 81 Limeira (c) / 83 x 75 São José (c) / 105 x 74 Suzano (f) / 106 x 61 Palmeiras (f) / 105 x 90 Minas (f) / 94 x 70 Paulistano (c) / 102 x 85 Pinheiros (c) / 87 x 78 Uberlândia (f) / 96 x 77 Cetaf (c) / 90 x 77 Minas (c) / 84 x 82 São José (f) / 86 x 91 Franca (c) / 79 x 66 Uberlândia (c) / 70 x 82 UniCeub/Brasília (f) / 101 x 82 Basquete Cearense (f) / 86 x 64 Mogi (f) / 102 x 64 Liga Sorocabana (c) / 74 x 89 Bauru (c) / 99 x 72 Joinville (f) / 80 x 75 Limeira (f) / 81 x 61 Palmeiras (c) / 91 x 93 Pinheiros (f) / 94 x 93 Paulistano (f) / 107 x 103 Tijuca (n) / 89 x 56 Suzano (c) / Quartas de final: 100 x 91 Paulistano (f) / 80 x 76 Paulistano (c) / 84 x 64 Paulistano (c) / Semi-Final: 72 x 80 São José (f) / 100 x 84 São José (c) / 106 x 86 São José (c) / 88 x 96 São José (f) / 88 x 76 São José (c) / Final: 77 x 70 Uberlândia (c)


FINAL: 01 de junho de 2013
FLAMENGO 77 X 70 UBERLÂNDIA
Local: HSBC Arena
Público: 16.364 torcedores
Parciais: 21 x 15 / 12 x 19 (33 x 34) / 25 x 15 (58 x 49) / 19 x 21 (77 x 70)

FLAMENGO
Kojo Mensah (7), Bruno Zanotti (9), Marquinhos (16), Olivinha (10) e Caio Torres (23).
Entraram: Gegê (2), Duda (5) e Shilton (5). Lesionado: Vítor Benite.
Técnico: José Alves Neto.

UBERLÂNDIA
Valtinho (13), Robby Collum (7), Robert Day (8), Luís Felipe Gruber (20) e Lucas Cipolini (16).
Entraram: Helinho (0), Audrei (4), Léo (2) e Estevam (0)
Técnico: Hélio Rubens.


A partida:

No 1º quarto foi uma aula de defesa do Flamengo, sobretudo em função da acertada escolha de José Neto de lançar ao paraguaio Bruno Zanotti como titular na partida, ele foi implacável e não deixou o norte-americano Robert Day, principal jogador do Uberlândia, jogar a vontade, e assim a equipe rubro-negra conseguia bloquear a maioria dos ataques do time mineiro. Enquanto isso, Marquinhos e Caio Torres chamaram a responsabilidade no ataque, com auxílio de Olivinha pegando rebotes e gerando novas oportunidades ofensivas, e com Kojo distribuindo muito bem as jogadas. Luís Felipe Gruber era o destaque isolado do Uberlândia, acertando três tiros certeiros da linha de três pontos. Mas isso não adiantou, pois ainda assim a vitória parcial foi da equipe rubro-negra, que terminou o quarto vencendo por 21 x 15.

No 2º quarto o Flamengo começou sofrendo um pequeno apagão, e assim vendo ao Uberlândia encostar no placar durante os primeiros minutos, através de atuações consistentes de Lucas Cipolini e Luís Felipe Gruber. Mas não tardou para o time rubro-negro se recuperar, ainda que oscilasse e sofresse com uma inconstância em quadra neste período. O time mineiro partiu para cima em busca da virada, com Hélio Rubens fazendo seu time marcar melhor e deixando Gruber livre para arremessos certeiros. Com Caio Torres e Bruno Zanotti no banco, o Flamengo caiu de produção e viu seu adversário virar a partida no último lance do quarto, com uma bola de três do norte-americano Robert Day. No período, 19 x 12 para o Uberlâbdia, que foi para o intervalo vencendo por 34 x 33.

Na volta do intervalo, o Flamengo voltou a ser o mesmo time do 1º quarto, com muita raça, garra e utilizando muito bem o garrafão, Voltou a liderar o placar e soube controlar a partida em diversos momentos, barrando as tentativas de reação da equipe do Triângulo Mineiro de reagir. Destaque para o período espetacular de Caio Torres, que mostrou porque era considerado um dos melhores pivôs do país naquele momento, fazendo belas infiltrações, ajudando na rotação e com um posicionamento fantástico para pegar rebotes. Melhor para Marquinhos e Olivinha, que aproveitaram bem o momento da partida e com ajuda de Kojo, Zanotti, Duda e Shilton, colocaram o Flamengo a frente no jogo com um 25 x 15 na parcial e um placar de 58 x 49 a seu favor.

No último quarto, o Flamengo foi impulsionado em quadra pelo canto emanado pela arquibancada por mais de dezesseis mil vozes. O time rubro-negro soube administrar sua vantagem e fez a festa dentro de quadra. Marquinhos foi guerreiro e aguentou jogar mesmo desgastado fisicamente. Caio e Shilton jogaram juntos no garrafão e se entenderam perfeitamente. Era dia do Flamengo, era dia do melhor time da temporada. Apesar da derrota no quarto por 21 x 19, o título estava encaminhado. No fim, vitória incontestável do Flamengo por 77 x 70. O troféu voltava para a Gávea após três anos. Caio Torres foi o cestinha da partida com 23 pontos, eleito MVP (jogador mais valioso) da Final.


Troféu NBB
2ª vez conquistado pelo Flamengo
2009 - 2013










Caio Torres recebe de Anderson Varejão o prêmio de MVP da Final


Olivinha e Marquinhos
Contratações chave para a conquista


Marquinhos foi coroado Melhor Jogador do NBB 2012-13


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