segunda-feira, 8 de junho de 2015

Cadê o dinheiro do Sócio-Torcedor?

O Flamengo publicou alguns dias atrás o Balanço Financeiro Trimestral do 1º Tri de 2015.

Não farei a análise detalhada feita dos números referentes ao fechamento até dezembro (veja aqui).

Restrinjo agora a análise a 6 indicadores. Quatro indicadores de estoque: Contas a Pagar de Curto Prazo, Empréstimos de Curto Prazo, Dívida e Razão Dívida/Receita Anualizada. Os indicadores de estoque são um retrato de momento. Dois indicadores são de fluxo: Receita Total e Resultado Líquido. Como indicadores de fluxo, são crescentes no exercício, acumulando-se ao longo do ano até o resultado anual final.

Eu havia dito na Análise do Balanço Financeiro de 2014: "o que mostra como a situação, ainda que tendo melhorado bastante, está longe de ser tranquila é que cresceram nestes dois anos tanto os Empréstimos com vencimento de curto prazo (eram R$ 70,9 milhões no fechamento de dezembro de 2014), quanto o volume de Contas a Pagar de curto prazo (eram R$ 51,8 milhões no fechamento de dezembro de 2014). Estas duas rúbricas precisam ser atentamente acompanhadas nos exercícios de 2015 e 2016".

Vejamos como andam estas duas contas, sobre as quais manteremos nossa atenção nos próximos resultados divulgados, pois precisam ser monitoradas de perto, como termômetro da Saúde Financeira do Flamengo.



Ambos os resultados são estoques, portanto são um retrato fiel do momento e não contas que crescem durante o ano. Ambos tiveram melhoras frente ao resultado de Dezembro/14, mas ambas também tem um resultado pior que o do 1º trimestre do ano anterior. As Contas a Pagar de Curto Prazo fecharam o 1º Tri 2015 em R$ 48,8 milhões, R$ 3 milhões a menos do que o fechamento em Dezembro/2014. Os Empréstimos de Curto Prazo fecharam o 1º Tri 2015 em R$ 53,7 milhões, bem abaixo, R$ 17,2 milhões a menos do que o fechamento em Dezembro/2014. São bons sinais!

Quanto aos fluxos, notícias também muito boas!



O Flamengo teve em 2014 a maior receita da história do futebol brasileiro: R$ 334,3 milhões. E a receita do 1º Tri 2015 foi maior que a do 1º Tri 2014 (R$ 86,8 MM vs R$ 85,7 MM, um aumento de R$ 1,1 milhão). Portanto, estamos caminhando para o Bi-campeonato Nacional em Receita. O caminho indica que as receitas em 2015 deverão ser maior, ou na pior das hipóteses manterão o mesmo excelente patamar, frente a 2014.

O Resultado Líquido segue o mesmo caminho. Se em 2014 o Flamengo teve o maior superávit do futebol brasileiro e o maior da história do clube, o resultado do 1º Tri 2015 superou em R$ 4,1 milhões o do 1º Tri 2014. Todos os sinais indicam que repetiremos em 2015 um excelente superávit

Voltando aos estoques:



A dívida líquida fechou 2014 em R$ 577 milhões. E fechou o 1º Tri 2015 em R$ 559 milhões. O endividamento mantém a trajetória de queda. A razão entre dívida e receita era de 1,78 no 1º Tri 2014 e agora já caiu para 1,61. Muito bom resultado!


O histórico das análises publicadas no blog está em: Gestão Azul: Diário da Revolução Prometida.

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